Informação Útil


Geografia

A ilha caracteriza-se pela existência de uma crista central montanhosa de orientação este-oeste, que divide o país na costa norte, mais quente e irregular, e a costa sul, com planícies de aluvião e um clima mais moderado. O ponto mais alto do país, o monte Ramelau (ou Tatamailau), regista 2 960m de altitude, com quatro outros pontos a subirem acima dos 2000m: o monte Cablaque, na fronteira dos distritos de Ermera e Ainaru (Ainaro), os montes Merique e Loelaco, na zona oriental e o Matebian, entre Baukau (Baucau) e Vikeke (Viqueque).
Apesar de ser um país tropical, a morfologia do território contribui para o aumento da amplitude térmica anual, que varia entre o 15º Celsius verificados nas regiões montanhosas e o 30º Celsius verificados em Díli (Díli) e na ponta leste do país.

Timor-Leste possui um território de quase 15.000 km², ocupando a parte oriental da ilha de Timor. O país é muito montanhoso e tem um clima tropical. A montanha mais alta de Timor é o Tatamailau, com 2 963 metros de altitude. Com chuvas dos regimes das monções, enfrenta avalanches de terra e frequentes cheias.

O país possui mais de 1 000 000 de habitantes. Também pertencem ao território timorense o enclave de Oecussi, na metade oeste da ilha de Timor, com 815 km², a ilha de Ataúro, ao norte de Díli, com 141 km², e o ilhéu de Jaco, na ponta leste do país, com onze km².

História

A ilha de Timor tem uma história longa e orgulhosa, e uma cultura rica desenvolvida ao longo de milhares de anos. Tem sido referida por alguns como o «funil cultural do Este», pelas muitas e diferentes influências étnicas que contribuíram para o desenvolvimento da ilha.

• História antiga e povos

Escavações arqueológicas e achados de arte em rocha testemunham a sua longa e significativa história antiga. Provas de que novos povos chegaram à ilha cerca de 3500 anos atrás podem ser encontradas pelas influências iniciais nas diferentes línguas e dialetos dos distritos, na profusão de pinturas antigas em cavernas e abrigos em rocha, na presença nos dias de hoje de animais domesticados como galinhas, porcos e cães, e ainda em artigos como a cerâmica. A história da ocupação humana em Timor-Leste data de 43000 anos antes do tempo presente. A ilha de Timor serviu como ponte para as primeiras migrações de povos de toda aquela região para Sahul, a velha massa continental que ligava a Austrália à Nova Guiné.

• Primeiros contactos externos e Colonização Portuguesa

Timor atraiu comerciantes Chineses e Malaios no século XIII, atraídos pela abundância de madeira de sândalo, mel e cera. Os mesmos recursos naturais trouxeram os colonizadores portugueses para a área no início do século XVI, e estes trouxeram com eles a fé Católica, que continua hoje a ser a religião dominante, embora os Timorenses continuem a manter as suas tradicionais crenças animistas.

• II Guerra Mundial

Quando deflagrou a II Guerra Mundial, os Australianos e os Holandeses, conscientes da posição estratégica de Timor na região, desembarcaram em Díli apesar dos protestos dos Portugueses. Os Japoneses utilizaram a presença Australiana como pretexto para uma invasão em Fevereiro de 1942, tendo permanecido até Setembro de 1945. No final da guerra, Timor estava em ruínas, e aproximadamente 50000 Timorenses tinham perdido a vida no esforço de resistir aos invasores e proteger a Austrália.

• A descolonização Portuguesa e os movimentos de independência Timorenses

Após a II Guerra Mundial, o território reverteu para administração Portuguesa; esta governou Timor-Leste com uma combinação de administração direta e indireta, controlando a população como um todo através das estruturas de poder tradicionais, em vez de usar os funcionários públicos coloniais. Isto permitiu deixar a sociedade Timorense tradicional praticamente intacta.
No entanto, em 1974, a «transição para a democracia» em Portugal teve um súbito impacto em todas as suas colónias. Teve início um processo de descolonização em Timor; em Agosto de 1975, estalou uma guerra civil entre os partidos políticos recém-formados no país, e pouco tempo depois, a 28 de Novembro, Timor-Leste proclamou unilateralmente independência de Portugal. Dez dias depois, a 7 de Dezembro de 1975, tropas Indonésias invadiram o país.

• 1975-1999: A Ocupação Indonésia

Cerca de 60000 pessoas perderam a vida nos primeiros anos da anexação Indonésia - contribuindo para um total de 200000 mortes em todo o período da sua administração. A resistência Timorense lutava em duas frentes: em casa, no terreno, e além-mar, através de canais diplomáticos. O assassinato de cerca de 250 pessoas cometido pelo exército Indonésio durante um funeral no Cemitério de Santa Cruz marcou um ponto de viragem na luta pela independência, à medida que as imagens chocantes eram transmitidas em todo o mundo. Personalidades e organizações começaram a impor uma pressão crescente aos seus governos e a organizações internacionais a favor de Timor-Leste. O encarceramento do líder da resistência, Xanana Gusmão, em 1992, também colocou na ribalta a questão dos direitos humanos. A Indonésia viu-se numa posição cada vez mais difícil, que culminou em Outubro de 1996, quando o Prémio Nobel da Paz foi atribuído a dois líderes Timorenses, o Bispo Ximenes Belo e José Ramos Horta, contribuindo para a crescente assertividade do movimento para a independência.

Finalmente, num acordo alcançado sob os auspícios das Nações Unidas, foi permitido ao povo Timorense escolher entre a independência total ou a autonomia sob administração Indonésia, numa consulta popular ocorrida a 30 de Agosto de 1999.

• 1999: O Voto pela Independência

Em Setembro de 1999 foi anunciado o resultado da consulta popular. O povo de Timor-Leste votou de forma esmagadora - 78% - a favor da independência da Indonésia. Os grupos milicianos pró-integracionistas e as forças armadas Indonésias responderam com uma extraordinária brutalidade, espalhando violência e saqueando quase todo o país, destruindo sistematicamente a maior parte das suas infra-estruturas.

Como resultado, dois terços da população foi deslocada, e entre 1000 a 2000 pessoas foram dadas como mortas na violência. Uma força multinacional das Nações Unidas (INTERFET) foi trazida para restaurar a paz e a segurança. Quando os Timorenses iniciaram os trabalhos de construir a sua nova nação independente, as Nações Unidas agiram como supervisores durante uma administração de transição conhecida por UNTAET.

• 2002: Um Recomeço

A 30 de Agosto de 2001, Timor-Leste teve as suas primeiras eleições livres - para deputados encarregues de escrever uma nova Constituição. A 20 de Maio, Timor- Leste tornou-se a mais nova democracia do mundo, e o primeiro novo país do terceiro milénio. As comemorações tiveram lugar em Tasi Tolu, nas imediações de Díli, num antigo sepulcro de massas, tendo estado presentes dignitários como o Secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, o ex-presidente dos EUA, Bill Clinton, e talvez de forma mais significativa, o Presidente Megawati da Indonésia, que recebeu da multidão uma ovação de pé. À meia-noite-de 19 de Maio, foi erguida a nova bandeira de Timor-Leste, foi cantado o novo hino nacional, e a longa luta pela liberdade estava finalmente terminada.
Hoje, Timor-Leste é um país que está a dar os primeiros passos em liberdade e verdadeira democracia. A comunidade rica, diversificada de Timor-Leste reflecte as suas variadas e distintas influências históricas, na mesma medida em que recebe todos de forma calorosa e amigável, agora que o país por fim encontrou a paz.


Vistos

Este é o tipo de visto mais habitualmente solicitado e emitido para Timor-Leste. Este visto permite que o seu titular entre e permaneça em Timor-Leste até ao limite de 90 dias para fins de turismo, visita a familiares, assim como para negócios (por exemplo, para explorar oportunidades de negócio, conduzir negociações, ou ainda participar em reuniões ou encontros oficiais).
Existem diferentes métodos para obtenção de visto dependendo do local onde pretende entrar no país nomeadamente através da fronteira terrestre ou através do Aeroporto ou Porto de Dili.

Clima

Timor-Leste possui um clima de características equatoriais, com duas estações anuais determinadas pelo regime de monções.
A fraca amplitude térmica anual é comum a todo o território e só o regime pluviométrico tem alguma variabilidade regional. Podem considerar-se três zonas climáticas: a situada mais a norte é a menos chuvosa (menos de 1 500 mm anuais) e a mais acidentada, com uma estação seca que dura cerca de cinco meses.
A montanhosa zona central registra muita precipitação e um período seco de quatro meses. Por fim, a zona menos acidentada do Sul, com planícies de grande extensão expostas aos ventos australianos, é bastante mais chuvosa do que o Norte da ilha e tem um período seco de apenas três meses.

Moeda

A moeda local é o Dólar.
1 USD = 0,75333 €
1 USD = 2,14337 R$

Feriados

1 de Janeiro – Ano Novo
1 de Maio – Dia do Trabalhador
20 de Maio – Dia da restauração da Independência
30 de Agosto – Dia da Consulta Popular
1 de Novembro – Dia de todos os Santos
2 de Novembro – Dia de todos os fiéis Defuntos
12 de Novembro – Dia Nacional da Juventude
28 de Novembro – Dia da Proclamação da Independência
7 de Dezembro – Dia dos Heróis Nacionais
8 de Dezembro – Dia da Nossa Senhora da Imaculada Conceição Padroeira de Timor-Leste
25 de Dezembro – Natal

Indicativos

O código internacional de ligação para Timor-Leste é 00670.


 

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