A Secretária Executiva da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Maria do Carmo Silveira, regozijou-se com a inscrição na Lista do Património Mundial da UNESCO do centro histórico de Mbanza Kongo, em Angola, e do Cais do Valongo, no Brasil. Esta decisão foi tomada pelo Comité do Património Mundial da UNESCO, reunido de 2 a 12 de julho de 2017, em Cracóvia, na Polónia.
“São locais com uma riqueza cultural inestimável”, afirmou Maria do Carmo Silveira, sublinhando “a importância desta inscrição, estimuladora de pesquisa e reflexão sobre a nossa história comum”.
Durante a sua 41ª Reunião, este Comité decidiu incluir, na Lista do Patrimônio Mundial, o Cais do Valongo pelo seu “grande significado para gerações passadas, presentes e futuras no que se refere a história do tráfico atlântico e a escravização de africanos”, refere o escritório das Nações Unidas no Brasil. Mbanza Kongo foi a “capital política e espiritual do antigo Reino do Kongo – região onde hoje estão localizados Gabão, República do Congo, Angola e República Democrática do Congo –, representando a importância da tradição kongo e seus conflitos com a chegada dos portugueses e da religião católica na África Central, ao final do século XV”.
Recordemo-nos que, a X Reunião de Ministros da Cultura da CPLP, decorrida a 5 de maio de 2017, em Brasília, decidiu apoiar a candidatura, pela República de Angola, de Mbanza Kongo a Património Mundial da UNESCO.