A XI Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) congratulou-se com a escolha de António Guterres para o cargo de Secretário-Geral das Nações Unidas, “o primeiro cidadão de um Estado membro da CPLP a ocupar tão elevada posição”. Os Chefes de Estado e de Governo saudaram, ainda, as “Nações Unidas pela forma transparente e consensual como foi conduzido o processo de designação”.
A cimeira da CPLP decorreu nos dias 31 de outubro e 1 de novembro de 2016, em Brasília, na República Federativa do Brasil. A convite do Presidente do Brasil, Michel Temer, o Secretário-Geral das Nações Unidas em início de mandato participou na sessão de abertura da XI Conferência de Chefes de Estado e de Governo, no dia 31 de outubro de 2016. Nesta ocasião, o Presidente Michel Temer, em exercício da Presidência pro tempore da CPLP, reiterou “que para cada um dos países lusófonos e para a CPLP é motivo de justificado orgulho que o secretário-geral da ONU fale português. Na voz do secretário-geral, a língua portuguesa encontrará, simbolicamente, aquele que, sabemos, é seu patamar universal. Aliás, quem sabe, secretário Guterres, nós conseguimos, no seu período, fazer com que o português também seja língua oficial da ONU, não é verdade?”
António Guterres afirmou que a CPLP “pode ser um importante pilar para que a paz e a segurança se encontrem no mundo de hoje”, disse Guterres em declarações à imprensa durante a cúpula de Brasília. “Hoje é uma importante organização internacional, com um peso que espero que seja crescente, peso, aliás, que foi confirmado com o número de países que aderiram como país observador”, observou António Guterres, referindo os novos Estados com a categoria de Observador Associado da CPLP: Hungria, República Checa, República Eslovaca e Uruguai - que se juntam à Geórgia, Japão, Maurícias, Namíbia, Senegal e Turquia.